domingo, 19 de junho de 2011

Fica, vai ter saudade

O resultado das nossas escolhas nem sempre é perfeito. Se ganhamos reconhecimento, aumento de salário, contatos, vida melhor, ao mesmo tempo perdemos mais o contato com as pessoas que mais amamos. Mesmo sabendo que à 800km daqui tem a melhor família do mundo torcendo por mim, eu sofro por saber que poucas vão ser as vezes que almoçaremos juntos nos domingos, que tomaremos mate no fnal da tarde. O resultado de tudo que a gente escolhe traz o que a maioria dos mortais almeja: mais qualidade de vida. Mas aí depende do que você acredita ser qualidade de vida. Morar ao lado da família ou desbravar em busca de um sonho? Os dois, por que quem foi que disse que para estar junto é preciso estar perto?


Fica, vai ter saudade, mas esse é melhor sentimento que existe, quando você tem a certeza que vai poder matar.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A Itaqui que deixei, ficou para trás


Foto: Glauco Araújo (G1)

Quando rumei novos caminhos há exatos sete anos deixei para trás uma cidade que não se encontrava em cada esquina, que tinha grandes atrasos e pouca esperança. Mas hoje a cada vez que volto para a beira do Porto vejo com muito orgulho a nova cidade que se forma. Agora com Universidade Federal, com bares e ruas lotadas, com carnaval que atrai gente de toda região, com mais emprego, mais lojas, bares inovadores, a Itaqui que foi sede da chegada da chama crioula e que é terra da diversidade, de mais expectativa para quem não pode ou não quer ir embora. A cidade que pode apostar no futuro que se desprende um pouco das amarras apenas da agricultura e pecuária, que quer e pode mais. Investimentos diferentes e inovadores de lazer com qualidade. Sem nenhum juízo de valor a partidos, governos ou autoridades, eu como humilde apaixonada pela fronteira com Alvear, delego toda essa riqueza,que aumenta a cada dia, as pessoas, que trabalham sem parar, apostam na cidade e, muito melhor, tem nas suas apostas as verdeiras palavras que deveriam mover o mundo: dignidade, educação, trabalho e esperança. Eu que não posso voltar em definitivo, por que meus rumos já foram traçados em outro lugar, volto esporadicamente agora com muito mais amor pela minha casa que completa 152 anos. Se pudesse voltaria muito, mas muito mais vezes, estaria na Praça tomando mate sempre que desse e observando o por do sol todo fim de semana. O que desperta imensa felicidade é que , quem está na fronteira e quer por lá se instalar pode pensar nisso com mais firmeza e não abandonar nada em busca de mais, mas quem quer ir embora pode ir e voltar com a certeza de ter cada vez mais do que se orgulhar: ter nascido e criado raizes em Itaqui. Eu tenho orgulho daqui e sei que há muito mais o que fazer.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Meu presente eu já me dei!



É chegado o dia do balanço, coração mais sensível, amor estampado, saudade de casa, vontade de rever todo mundo, abraçar meus amigos e agradecer, sim por que 2009 é o ano de agradecer. Apesar de ter achado 2008 o máximo, esse ano superou minhas expectativas.

Não Papai Noel não quero pedir nada, nem roupas, nem jóias, nem namorado, nem mais dinheiro, nem casa própria (bom isso até pode ser ahaha), brincadeira. Isso tudo conquisto durante o ano, com economias com esforço e não vou ocupar teu tempo pedindo tamanhas futilidades. Eu tenho saúde, uma família maravilhosa, amigos sensacionais e isso tudo é minha injeção de ânimo. Quando quero muito uma coisa olho pro lado, olha pra eles e pronto! Arriba.

Digamos que 2009 foi um ano de conquistas e perdas. Perdi, por exemplo, amigos de papel, aqueles que se dissolvem na primeira chuva que vem, sabe? Na primeira tormenta eles voam, somem e terminam em poeira. Pois é, essa perda eu agradeço ao Papai Noel, muito obrigada.

Mas ganhei os amigos de ferro que sempre estiveram ao meu lado, que permaneceram em 2009. Os que me acompanham desde a infância, aos que souberam me aceitar como eu sou, os que me ajudaram a consertar meus erros, os que eu posso confiar.

Obrigada, bom velhinho, pelo ano de conquistas profissionais por ter ganhado meu espaço, por ter conseguido adquirir as minhas coisas com o meu trabalho, com o meu esforço.

Valeu por ter conservado mais um ano o amor incondicional da minha família, que me ajudou, que me empurrou e que me fez acreditar nos meus sonhos, sempre.

Ganhei um amor bonito e que explodiu na mais bonita fase da minha vida fazendo tudo conspirar para a felicidade.

Ganhei o meu canto a minha casa, a minha vida própria, e aos poucos, a minha independência total.

Viu só papai Noel??!! Garanto que o senhor nunca recebeu uma cartinha tão UP quanto essa, sem pedir nada. Ta achando que vai escapar? Pensando bem e só pra não perder o costume, eu quero cada vez mais PAZ, só pra poder seguir. Só isso!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Os 23 do dia 27



Os 23 do dia 27

Mensagem de madrugada da Thi dizendo que me adora e desejando tudo de bom

Ligação as 6 da manhã do amor, dizendo para eu continuar “essa pessoa maravilhosa”

Ligação da minha mãe pedindo que eu continue “sempre assim e que não me falte trabalho”

Ligação do meu pai pedindo pra “que eu continue essa mesma filha pra sempre, que ele tanto se orgulha”

Mensagens e mais mensagens no celular me desejando tudo de mais maravilhoso

Depoimento do mano dizendo que “me admira muito”

Uma festa surpresa dos meus colegas do jornal – linda e que eu não imaginava

Ligação da Vó e da Yna em conjunto

Mensagem e ligação da Eri de noite

Uma ligação inesperada da Pati dizendo que tava “morrendo de saudade”. Aproveitamos para colocar os papos em dia

Nick da Rita me dando parabéns e seu recado sempre muito engraçado e inteligente

Um depoimento da Fabi, lindo de morrer

Mensagem do Matheus dizendo que é “meu amigo que me ama muito”

Ligações mil da Tia Cris, Tia Neiva, mensagens bonitas, do Gui, da Ana (prima), da Tia Fanny ...

Mensagem no cel da Jô e do Rober, ligação do Tio David

Recados lindos no Orkut de pessoas especiais

Posso fazer mais 23, mais 56, mais 70 anos que eu tenho certeza de quem sempre terei em quem confiar, quem amar e quem me ame. O grande barato de tudo é olhar para trás e sentir orgulho do que você construiu, do que você tem. O dia 27 de outubro foi mais um aniversário de muita alegria, surpresas e mensagens de carinho.

Um dia que tinha tudo pra ser solitário, longe dos amigos, família, do amor. Mas só me fez concluir que quem tem amigos, família, amor e trabalho na vida, TEM SORTE.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Até que não é tão ruim

Essa vida de gente normal que não come pastel frito no café da manhã, que toma iogurte light, que come frutas no meio do dia ... não é tão ruim assim.

Fazer academia, comer maça sem reclamar que ela dá mais fome ainda, trocar o pão branco pelo pão preto, eliminar o refrigerante e trocar por água (sim, pq não tenho tempo de fazer suco natural),esquecer que existe os fast foods e frituras em geral ... é tudo de bom!!

Mas que fiquei claro, verduras jamais! Odeio, não adianta. A vidinha de uma quase magra(ou uma gorda emergente) que adotou a linhaça em tudo que come me agradou muito, mas lotar o prato de alface, tomate e chuchu e fingir que é tudo maravilhoso, não cola!!! Vou no arroz com feijão mesmo.


To faceira, faceira!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Feito pra mim

O mais lindo texto que recebi, hoje, do meu admirador nada secreto que eu encontrei há um tempo atrás, mas que o destino insistiu em separar. É lindo e por isso merece estar aqui. O nome e algumas partes serão preservadas ahahah

A(s) Musa(s)
F. G

Poucas mulheres têm o poder de deixá-lo encantado, arrebatado, bobo como uma criança atrás de um doce. Esse acontecimento varia para cada homem. Depende de inúmeros fatores de beleza feminina que o atrai. Dentre dezenas de mulheres que os homens conhecem ao longo da vida, uma coisa é certa: somente uma, apenas uma lhe despertará essa sensação. Quando ela aparece, há duas conseqüências: ou você se casa com ela ou você à perde. Na maioria dos casos a segunda opção acontece.

Essa dama já passou por mim e não sei se passará e permanecerá novamente. Foi uma passagem efêmera, mas que deixou claro que é aquela “única”. Penetrou em minha mente e creio que nunca se dispersará dela. Em certos momentos os pedaços de sua imagem vão se juntando como um quebra cabeça em meu pensamento.

Sua forma carnal e imagética imortalizou-se em mim como a reencarnação de Freya, deusa da mitologia nórdica que representa o sexo e a sensualidade, a fertilidade, o amor e a beleza, a atração, a luxúria, a música e as flores.

Para muitos ela não se adéqua aquelas mulheres que avaliam ser de “parar o trânsito”. Pelo fato de terem como arquétipo aquela ideia disseminada pela mídia: alta, magra e de preferência de cabelos loiros brilhosos da cor do sol.

Esta que vos falo é integralmente díspar na forma que apresenta sua beleza. São poucos que conseguem notar e que são atingidos por sua formosura oculta. De estatura média; nem magra e nem gorda, fornida no ponto; com uma tonalidade inominada de um branco não extremo; cabelos pretos compridos, que estão entre o liso e o crespo; rosto simetricamente arredondado; olhos castanhos de vivacidade e um sorriso hipnótico vindo de uma impecável boca média de lábios carnudos. (...)

Não se sabe se é uma química perfeita, a certeza é da paixão e do tesão equiparável que ela proporciona.

As experiências ao se relacionar com a sua mulher “única” são épicas. Mas, cuidado! O vício se dá em instantes e o tratamento para amenizar o desejo é muito desgastante. Podem durar muitos e muitos anos. E mesmo assim, ao vê-la ele será inútil. Porque elas costumam levar seu coração. São ladras de corações.

domingo, 13 de setembro de 2009

Nostalgia boa essa!


Foi o tempo em que o bom era jaqueta jeans no inverno pra mostrar a barriguinha sarada, que a gente não gostava de ir às festinhas com o pai e com a mãe e que preferia que eles nos largassem um pouco antes da chegada. E aquele tempo em ríamos com o Chaves nas tardes chuva, em que não íamos à aula.

Aquele tempo bom em que eu comia bolinho de chuva sem medo de engordar e que brigava pelo controle remoto da Tv, achando que aquilo era a pior coisa do mundo. E ainda as vezes que podíamos brincar até escurecer, por que a noite era perigosa.

Que fazer os “temas” era primordial para ir brincar e que eu escutava Roberto Carlos no disco de vinil com o pai todos os domingos, ao acordar. E depois nós dois saíamos de moto para ir buscar o jornal de domingo e eu sempre ganhava um gibi da Mônica e uma revistinha de pintar. Meus domingos eram tão felizes com aquelas revistas, pintava e mostrava para todo mundo, a mãe e o pai diziam que era lindo. Rabiscos coloridos bonitos.

Depois do almoço eu ainda gostava de olhar o Faustão, achava divertidas as “cacetadas”. E de tarde nós sentávamos na frente pra eu andar de bicicleta. Minha primeira bicicleta rosa de rodinhas. Linda.

Fora os domingos que íamos para o Clube de Piscina, o pai e mãe faziam churrasco e eu brincava de vôlei e na piscina dos pequenos. E as vezes que tinha que sair do colégio e ir para casa da vovó, para não ficar sozinha em casa, que suplício. E ainda quando na ida para o colégio tinha que pegar lanche na vovó e eu não gostava dos sucos dela por que ela colocava muito açúcar. Mas estar lá, na vovó era o paraíso, tudo podia!

E mais tarde na fatídica pré-adolescência quando nós, eu e Yna íamos até o São Patrício e ela perguntando se o cabelo dela tava bem. E eu sempre dizia que estava. E estava mesmo. Só que antes de entrar na aula, ela tinha que ir no banheiro para conferir. E ainda Quando a vó (aí já não mais vovó) acobertava nossas indiadas.

E agora? Não tem mais os domingos com o Roberto Carlos no vinil, as tardes no clube ou com Chaves. Quero e prefiro sempre a companhia do pai e da mãe quando saio, tanto que o último carnaval fizemos juntos. Não como mais bolinhos de chuva, sem me arrepender depois, não ando mais de bicicleta. Nem passo mais pelo cabide das jaquetas jeans, quero mais é casacos compridos que esquentem de verdade que sirvam para todo inverno. Não faço temas, faço coisas bem mais complicadas. Não brigo por controle remoto com meu irmão, aliás nem brigo mais com ele. Hoje a noite é melhor coisa do mundo, não tenho medo nenhum.

Mas em compensação trabalho no que gosto, continuo sendo insubstituível para alguns e nem tanto para outros, faço minhas coisas como gosto, e levo todos aqueles ensinamentos que agreguei há alguns anos atrás.

Tenho coisas que não valem nada e outras com valor inestimável. Não levo nem de longe aquele ditado de “faria tudo igualzinho novamente se pudesse voltar atrás”, eu não faria não, mudaria muita coisa, evitaria tristezas e que algumas pessoas entrassem na minha vida. Mas a base de tudo está mantida e o barato mesmo é olhar para trás e ter do que ser orgulhar e ainda melhor, olhar para frente e ter um mundo inteiro pra pintar, pode não ser tão fácil como pintar aquele livrinho com aquela caneta colorida dos meus sete anos, mas é tão divertida quanto. Tão minha quanto aquela.